quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Memorial...


Sigo por esse caminho de lágrimas, tentando secá-las no vento que sopra frio. Por dentro sou tremores que me fazem vacilar as pernas que me levam para onde, nao sei. Procuro o sorriso que não me desponta. Procuro escrever neste memorial que nasceu por amor, por ti, e que acaba de nao fazer sentido. A laje onde escrevo a giz, não aceita mais que a acaricie, e as palavras que a tornavam quente, já não enchem de branco o negro que me enche e me entristece. Se irei voltar aqui, nao sei..talvez um dia...talvez deixe uma mensagem para ti, aqui...para que a distancia nao seja tão grande, para que saibas que estou aqui, para que funcione como a luz do farol, que brilha no breu desse mar onde me banhei, dessas ondas onde me envolvi, dessa imensidão onde me perdi e me achei. Nao estou aqui para ti, estou apenas aqui, como a lágrima que escorre nessa face de pedra, que está lá e que leva a tristeza numa gota, de novo com o sal desse mar, que te trouxe e que te leva.

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