quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Chega de Saudade...

Vai minha tristeza e diz à ela que sem ela não pode ser. Diz-lhe numa prece que ela regresse, porque eu não posso mais sofrer.
Chega de saudade, a realidade é que sem ela não há paz, não há beleza é só tristeza e a melancolia que não sai de mim, não sai de mim, não sai...
Mas se ela voltar, se ela voltar, que coisa linda... que coisa louca... pois há menos peixinhos a nadar no mar, do que os beijinhos que eu darei na sua boca.
Dentro dos meus braços, os abraços hão de ser milhões de abraços: apertado assim, colado assim, calado assim; abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim, que é para acabar com esse negócio de voce viver sem mim,nao quero mais esse negócio de voce longe de mim.
http://www.youtube.com/watch?v=rEi9dscAOm8&feature=related##

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O que há para compreender ou desculpar?




"Sei que estás magoado cmg. Tens todos os motivos. Sei que n me compreendes. Não sei o que dizer. E às vezes para n dizer asneira, acabo por n dizer nada. N é solução. É uma fraqueza. Desculpa".
O que há para compreender ou desculpar?

Tento perceber, equacionar mil e uma razões, no meio estará a certa, por mais que tente adivinhar, nunca tive jeito para isso, sempre fui do tipo de pessoa que lê uma adivinha e vai ao fim da página procurar a solução...e aqui não há fins de página.
Olho para trás...revejo uma e outra vez tudo...na vida faz falta um controlo remoto, que permita avançar a fita, recuar, parar, rever, apagar...
  • Vejo imagens de um beijo sorvido no banco de um bar, no meio do Alentejo, enquanto o barman busca mais uma garrafa de prova.
  • Ouço o teu riso franco que, por bonito, sabe sempre tão bem ouvir.
  • Revejo o abraço, que me faz renascer
  • O diário de amelie...que ficou a meio, à espera de outro aconchego a dois, no sofá.
  • Sinto o teu corpo, os teus lábios no meu pescoço.
  • Revejo a tua alegria em partilhar a compra de mais um copo.
  • O jantar na tua varanda, ao final de tarde...a ver as luzes dos aviões que passam...
  • A musica que tocou
  • A tua vontade de contar a toda a gente (desde o amigo da rua, a sabe-se lá quem) que eu existo.
  • O desejo de que quem tu mais amas, me conheça.
  • O quereres que partilhe os sabores de um almoço, na companhia desse amor da tua vida.

E isso foi ontem.

Mas foi ontem também, que sem eu perceber, sem esperar, a frio, por uma (ou por todas ) das mil e uma razões, sem aviso, me despachaste ao telefone, arranjaste todos os compromissos que evitassem que dez minutos fossem para mim, que não respondeste aos telefonemas, às mensagens...a tudo....


Gostaria de saber porque...mas acho que já nem saber quero...tudo passa, e o que sinto por ti, que me faria aconchegar-te em mim, mesmo agora...tivesses tu "aquilo" bem dentro de ti...assim, há-de passar...sabes onde estou...terei sempre uma luzinha que acendo por ti...




...


Escrevo para não esquecer, para perceber melhor, para me convencer, para memorizar, como se voltasse atrás, quando estudava e escrevia vezes e vezes, para entrar na minha cabeça dura.....



"Sei que estás magoado cmg. Tens todos os motivos. Sei que n me compreendes. Não sei o que dizer. E às vezes para n dizer asneira, acabo por n dizer nada. N é solução. É uma fraqueza. Desculpa".


28.12.08, 23.32

domingo, 28 de dezembro de 2008

A minha força


O que me faz seguir em frente

25 Dezembro 2008 - Dia de Natal

Dia de Natal...acordo cedo...quando toda a gente se apressa a ir passar mais um dia em familia, com calma tomo o meu banho, "lavo a alma e tudo o mais", chego ao frigorifico, procuro por um iogurte escondido atrás de um pedaço de queijo já bolorento, e coloco-o junto da fruta que esperava na mochila, com a toalha e o livro que me foi oferecido na véspera - "Tropeçar na felicidade" (titulo irónico, para mim). Vou para o carro, mochila no banco de trás, musica no rádio...e saio. Antes, ir buscar o filhote, para o levar ao hospital, febre e dores de garganta...esperamos...nem muito...entramos...simpatia, a mentira do costume, que tem mais febre há mais tempo que o de facto tinha...mas nada pega, desta vez...convite para almoço, em familia que já não o é, que não aceito...não me sentiria bem...e desta vez saio...não para casa dos pais, mas para a ponte, que me leva para perto do que preciso...mar, areia, e o horizonte que me deixa respirar...caminho, penso, choro, vejo, admiro, observo...Praia do Rei, Praia da Boavista, a Fonte da Telha está ai..olho para trás...de onde vim, será algures lá ao longe...páro.

Está sol, sento-me na areia...olho para quem passa, para um cavalo que entra pelo mar adentro...e que depois se afasta. Tiro o livro da mochila..leio duas páginas..nao me apetece ler/aprender como poderei ser feliz, já o sei. Não o sou, mas saberia como o ser. O sol pôe-se. Regresso. Sigo as pegadas do cavalo, que o mar tenta levar, pudesse ele levar o que vai dentro de mim, passar a limpo o que está marcado em mim. Entro no carro, que me acolhe sempre e me leva com ele, para onde quiser...rotundas...hesito...volto para a esquerda? Para quê? Cassapo, faz-me esboçar um sorriso. Vou para a direita, que a minha ponte espera por mim...procuro refugio em Belém..é tarde, noite feita, vou buscar os miudos, a outra parte de mim...jantar breve em casa dos pais, a alegria de mais umas prendas. Regresso a casa, coloco-os na cama. Dormem sossegados, cansados. Enterneço-me, como sempre, observando-os a dormir.
Deito-me. Olho para o tecto, como olhei nesse dia 300 vezes para o telemovel, baixei o som dos pensamentos, para te ouvir...adormeço.

Anos maus e anos bons


Palavras sábias ou premonitórias....dizia-me a minha mãe, no dia de Natal..."os anos pares não são bons para ti"....revi os meus ultimos anos, naquilo que me foi importante, recentemente...e dei-lhe razão...nos anos pares, sofri, amei, tornei a sofrer, perdi tudo, ganhei de novo, e de novo perco parte do que para mim, importa mais que tudo.

Escrever....


Escrever...escrNegritoever furiosamente

Escrever rasgando cada letra, nas folhas em branco, trespassando a ferro, o que me vai na cabeça.

Escrevinhar dentro de mim, as mágoas, tentando desligar as lágrimas que teimam em não parar. Pôr cá fora, o que não tem palavras, os espaços vazios que nao consigo preencher, o escrever para ler o que não consigo entender, e mesmo assim, escrever....como se de uma amálgama de letras, por entre os interstícios (lembras-te?) dos pensamentos, eu consiga tirar os pontos de interrogação do parágrafo de um texto que não consigo terminar.

Faz me o favor...de o dizer por mim, Mário


Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada! Supor o que dirá Tua boca velada É ouvir-te já. É ouvir-te melhor Do que o dirias. O que és nao vem à flor Das caras e dos dias. Tu és melhor -- muito melhor! Do que tu. Não digas nada. Sê Alma do corpo nu Que do espelho se vê - Mário Cesariny

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Pedaço de silêncios perdidos


Não falei contigoCom medo que os montes e vales que me achasCaíssem a teus pés...Acredito e entendo Que a estabilidade lógicaDe quem não quer explodirFaça bem ao escudo que és...Saudade é o ar Que vou sugando e aceitandoComo fruto de verãoNos jardins do teu beijo...Mas sinto que sabes que sentes tambémQue num dia maior serás trapézio sem redeA pairar sobre o mundoE tudo o que vejo...É que hoje acordei e lembrei-meQue sou mago feiticeiroQue a minha bola de cristal é feita de papelNela te pinto nua, nua...Numa chama minha e tua.Desconfio que ainda não reparasteQue o teu destino foi inventadoPor gira-discos estragadosAos quais te vais moldando...E todo o teu planeamento estratégicoDe sincronização do coraçãoSão leis como paredes e tetosCujos vidros vais pisando... Anseio o dia em que acordaresPor cima de todos os teus númerosRaízes quadradas de somas subtraídasSempre com a mesma solução...Podias deixar de fazer da vidaUm ciclo vicioso Harmonioso do teu gesto mimadoE à palma da tua mão...É que hoje acordei e lembrei-meQue sou mago feiticeiroE a minha bola de cristal é feita de papel Nela te pinto nuaNuma chama minha e tua.Desculpa se te fiz fogo e noiteSem pedir autorização por escritoAo sindicato dos deuses...Mas não fui eu que te escolhi.Desculpa se te useiComo refúgio dos meus sentidosPedaço de silêncios perdidosQue voltei a encontrar em ti...É que hoje acordei e lembrei-meQue sou mago feiticeiro......nela te pinto nua, nua...Numa chama minha e tua.Ainda magoas alguémO tiro passou-me ao lado Ainda magoas alguémSe não te deste a ninguémMagoaste alguémA mim... passou-me ao lado.

De volta.....



Ao fim algum tempo, aqui estou eu...de volta