sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Pedaço de silêncios perdidos


Não falei contigoCom medo que os montes e vales que me achasCaíssem a teus pés...Acredito e entendo Que a estabilidade lógicaDe quem não quer explodirFaça bem ao escudo que és...Saudade é o ar Que vou sugando e aceitandoComo fruto de verãoNos jardins do teu beijo...Mas sinto que sabes que sentes tambémQue num dia maior serás trapézio sem redeA pairar sobre o mundoE tudo o que vejo...É que hoje acordei e lembrei-meQue sou mago feiticeiroQue a minha bola de cristal é feita de papelNela te pinto nua, nua...Numa chama minha e tua.Desconfio que ainda não reparasteQue o teu destino foi inventadoPor gira-discos estragadosAos quais te vais moldando...E todo o teu planeamento estratégicoDe sincronização do coraçãoSão leis como paredes e tetosCujos vidros vais pisando... Anseio o dia em que acordaresPor cima de todos os teus númerosRaízes quadradas de somas subtraídasSempre com a mesma solução...Podias deixar de fazer da vidaUm ciclo vicioso Harmonioso do teu gesto mimadoE à palma da tua mão...É que hoje acordei e lembrei-meQue sou mago feiticeiroE a minha bola de cristal é feita de papel Nela te pinto nuaNuma chama minha e tua.Desculpa se te fiz fogo e noiteSem pedir autorização por escritoAo sindicato dos deuses...Mas não fui eu que te escolhi.Desculpa se te useiComo refúgio dos meus sentidosPedaço de silêncios perdidosQue voltei a encontrar em ti...É que hoje acordei e lembrei-meQue sou mago feiticeiro......nela te pinto nua, nua...Numa chama minha e tua.Ainda magoas alguémO tiro passou-me ao lado Ainda magoas alguémSe não te deste a ninguémMagoaste alguémA mim... passou-me ao lado.

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